quarta-feira, 28 de abril de 2010

Rasga-me a Alma ...



Rasga-me a Alma

Nestas mãos espalmadas
num momento imóvel de desejo maciço
Rasga-me a alma em pétalas aveludadas
ao buscar em outras metades
o pranto que se estancasse, um amor de verdade.

Indizível emoção que carrego em total solidão
Noites vazias de inverno mergulhada no mar de sofreguidão
Todo acento é suave imerso em sua explicação
todo amor é grave quando é pleno em paixão

Caminhos ásperos de minhas nostalgias
submete ao fogo este mar ondulante
no inesperado verso deste grito constante
eis apenas minha exigência
Nada mais que um pedido de carência
Que me envolva toda em seus braços
no calor dos seus abraços.

Espero que te convenças
que a saudade não compensa
não quero viver de memórias perdidas
nas eloqüências banais de minhas rimas

Quero do amor um marco eterno
o tecer constante de carinho, em gesto sincero
Quero a sutileza do verbo amar
sem sintetizar, na amplidão de conjugar
o que é indizível e por fim inexplicável
essa imensa vontade de se doar sem pensar.
O desejo supremo de ser amada, mais e mais amar.

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