segunda-feira, 24 de maio de 2010

SEM INSPIRAÇÃO

SEM INSPIRAÇÃO




Já não brotam os versos,
 as palavras fugiram
rumo ao desconhecido caos que me habita...
sombras desconexas do meu eu que a espreita se revela...


Nós atados da solidão, da escuridão que atormenta.


O coração degusta de uma saudade ingrata...
fria navalha estendida sob a pele, o gelo que me aterroriza...


E a poesia repousa sobre as nuvens do esquecimento..
dispersas letras que me fogem ao pensamento.


Despida da inspiração,
 nua e inerte ao turbilhão do nada,
perambulando na vastidão deste sentir


Chego a pensar que deixei de existir...será?

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