quarta-feira, 4 de agosto de 2010

EQUILIBRISTA DO AMOR


Equilibrista do Amor

Na corda bamba vou me equilibrando

nas mãos levo o amor e a devoção

Caprichos do meu coração

que já não aceita viver de enganos



Pendendo aos lados

o desejo avassalador

que me consome as entranhas

em brasa contínua



Mas se olho a volta

percebo as infinitudes do querer

que mansamnete me alisa a pele

acariciando meus sonhos

apalpando as carnes

estremecendo em partes



Sob os saltos tão altos

tenho o fio da razão

desafiando a minha emoção

Tendo a corda prestes a ruir

Perdida e ao meio

sustento-me nas quimeras

na ilusão sincera

de não querer cair.



Me desequilibro

corro o risco

o suor escorre

os lábios sequiosos e pedintes de socorro

respiração ofegante, peito arfante

na espera de meu amado amante



Mas se te vejo lá embaixo...

me atiro e logo caio em seus braços

e assim não preciso mais partir...!

O amor me veste com teu corpo,

logo não mais preciso de socorro!


Um comentário:

  1. Obrigado pelo convite, colega de dom.
    Fico feliz por reencontar seu talento neste blog.
    Desde ja serei seu seguidor.
    Sob a poesia em tela, gostei muito. Bem lembrado, nosso desejo e sentimentos sempre estão amparados por um fio fino de razão, na maioria das vezes mesmo que se forçe não se rompe, há nós que jamais serão desfeitos e nós que jamais serão seguros...
    Que Bom reve-la em tão significativa poesia.
    Bjos. Att. Gustavo J. Schrader

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