terça-feira, 17 de agosto de 2010

E´SPELHO PARTIDO





Imagens se perderam na exatidão

O espelho partido, cacos pelo chão

Nada mais reflete

tudo é tão inerte

que descrê da própria ilusão



E assim findam-se os dias

na saudade das alegrias

De olhos abertos vejo além do abstrato

do que mostra o antigo retrato



Entre as sombras do que restou

ainda resiste aquele velho amor

os mesmos sonhos que o vento abrigou

e que hoje sussurra baixinho a brisa da dor



Marionetes do destino

vivendo de migalhas, o sacrifício!

Nada mais é distinto

fora somente tempo perdido!

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