quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ANTI-SOL DA POESIA

     ANTI-SOL DA POESIA


Ao sonho quase possível quase fresca se liberta 
do desespero quase morto que de alegria se entrega
Quase corrida que preenche o espaço 
de cabelos quase soltos em versos de laços
O riso quase bastante em músculo florido 
deste instante quase novo que quase vivo 
nesta poesia que você não disse em que falam os ponteiros
A que os namorados falam no pé do ouvido
É tão simples, tão mágico. Sem esforço.
Entre uma rachadura, surge caule, folha e broto.
Tenta rancar ou deixa florir?
Teme que, lhe corte os dedos
e muche com o sol, rastejando ferida
Como tudo que acaba nesta vida.

Mas bate no peito uma esperança frustante:
No cuidado de todo dia, que floresce se dará o fruto
de qualquer instante negado o sentimento profundo
Às vezes é um anti-sol, se esconder da luz.
Sua vergonha e seus medos, vivem atrás de parede fria.
Um dia tinjo tuas verdades, algumas coisas são inevitáveis.
Atrás de aparências atuadas.
Eu talvez sempre super-procuro,
e quase sempre super-acho. E em outros... acho nada!
Mas verdades são claras
são como flores despidas quase raras
O resto é mera taquicardia.
No rosto polido em sangue e suor.
Bloqueio de fel e de asco, sacudindo meu senso,
tirando-me o ar.

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