quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ANTIQUÁRIO

               ANTIQUÁRIO

Move-se o tempo impiedoso sobre as circunstâncias
peneirando os sentidos em tantas substâncias
Por entre pedras a minha qualquer ignorância...

Eis que a moldura envernizada foi usurpada da tela fria
das pinceladas guarda somente o vazio da parede sombria
Tantas sombras entre cristais que acomodam fantasias
sobre a estante antiga aquela velha fotografia...

Entre os vasos a poeira do esquecimento
na ausência inóspita de um vulgo pensamento
Nas cortinas amareladas de bainhas entristecidas
guarda lembranças por momentos esquecidas

E no antiquário da minha vida
qualquer peça é história de memória envelhecida
qualquer marca é dor ou alegria desmedida




Nenhum comentário:

Postar um comentário