quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ECLIPSE DO QUASE

          ECLIPSE DO QUASE 


Vidas distantes, em invariantes desalinhos
corações em desencontrado pergaminho
Destinos paralelos no sentir tão inflamado
de dores tantas... olhos virgens, camuflados!
Dias de solidão acompanhada,
pela noite suspensa entre paredes emprestadas
no claustro das raízes aprofundadas
o passado e o futuro correndo de mãos dadas

Saltando em abismos profundos
com uma fímbria de sol no laço 
Um obstáculo novo depois de cada passo. 
voz de seu só que tinha o fardo bem pesado
Um olhar sem palavras que flutua 
põe-se a dizer de manso:
Eis o destino imediato!
Possível o recomeço em sobressalto.

Uma saudade solta e o fim sempre longe
cortando o sonho aos pedacinhos comportáveis
não tinha voz, sombra que não tinha nome
que feito fumaça no que se vê e some

Eis-me aqui, uma mulher quase nova 
com um vestido quase branco, de pés quase descalços
numa tarde quase clara ,com cabelos quase soltos
com os olhos quase secos, num quase eclipse desfigurado
nesse meu quase amor poetizado.

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