quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

LENÇÓIS NOSSOS


           LENÇÓIS NOSSOS


Repouso sobre os lençóis nossos
ainda suados e perfumados
Nas lembranças de cada instante
no teor do néctar constante
do absinto nosso, embriagante

Meus poros em teus poros, de aromas sem fim
Lhe sinto cada vez mais tatuado em mim

na carne inflamada de teu amor
na nudez profunda do desejo em ardor

Nos lábios ainda molhados pelo beijo teu
neste ser que não é mais meu
e que agora, é todo seu

Entre os travesseiros
na cama desalinhada
na euforia silenciada

Há o amor se contorcendo
em cada minuto revivendo
tudo que em nós cabe
neste seu "eu" que me invade

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