terça-feira, 14 de dezembro de 2010

QUALQUER COISA


          QUALQUER COISA


Hoje não quero qualquer coisa
quero um algo a mais
além do ponto e vírgula
Sobretudo mais que reticências
quero todas as exclamações em evidência
um qualquer ter, de traço e travessão
Chega de ponto parágrafo e interrogação
sem espaço para rima perfeita ou contradição

Que se faça música os versos em recusa
pois não sabes o que usa, além da blusa
das letras obtusas...estas tantas avulsas
vestindo carapuças
Nestes fios de ouro em linhas de caligrafia
qualquer coisa que se estenda sobre a agonia
nestas flores de inspiração tardia
Quero qualquer coisa, que não é tosca
é mais que voz rouca
são sussurros exatos de um boca louca.
Esse amor intenso pra vida toda!



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