quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SOMBRAS


        SOMBRAS 
Rastros se alastram pelo caminho
ao longe um vestígio, um doce assobio
preenchendo o vazio do incerto desatino
esquentando o corpo nú do frio

Um abstrato carregado de esferas
em letras garrafais arde a espera
Entre gotas sentidas, um ar de quimeras
ilusões pintadas em telas concretas

Desejos são línguas soltas de qualquer querer
são atos espontâneos de fogo em qualquer viver
Entre os poros de verdade de falas curtas
em amenidades retorcidas de ordens confusas

No vasto campo de auguras verdejantes
há uma alma convulsa em sombras, soluçante!
Implodindo em névoas de gosto viciante
um coração inábil, de silêncio gritante.
 

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