quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Poema de pouca tinta



Registros internos, entre amordaçados ecos...
recolhendo cinzas nos restos encobertos de neblina,
 no vestígio do papel amassado e da pouca tinta
tentando elucidar os mistérios, no atar dos laços desfeitos
nas cicatrizes pulsantes de amor sob versos refeitos
num poema vagante, de mares inconstantes...


De certo que é só um tempo...entre tantos já vividos
entre lágrimas de rosas despetaladas
nos sorrisos de sóis preguiçosos em lábios famintos
É verdade, eu sei...o amor tem dessas coisas
nos faz audaz no entanto afoitos...
Colhendo quimeras em passos distintos
na areia dos esquecidos...em pedras de riso adormecido


É, qualquer razão se esvai, quando a emoção está a flor da pele
e de súbito nos atrai, se contorce e nos repeli
Mas contudo, não me vou, não te deixo
pois fazê-lo seria o mesmo que apartar de mim a vida
pois tornastes parte de mim intrínseca


Ando por aí, rondando a cada esquina
na saudade indecente que me faz menina
nos desejos de becos sem saída
a espreita de um encontro entre borboletas distintas.

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