sábado, 12 de fevereiro de 2011

ECO DE SOLIDÃO


                 ECO DA SOLIDÃO


A solidão é como um rasgo entre as nuvens de um sonho
se cala e vai envelhecendo perdida na intimidade de armários
numa paz negra, que aborta luz da vida
Vejo-me pelos acasos, e a tristeza anda por meu coração.


É como tenebrosa, impávida armadura
de bronze em que os golpes resvalam.
Escorrem muitas vezes gotas ensanguentadas
Que o coração verteu d'alguma chaga obscura...


Minhas conclusões práticas - são inúteis... !
Minhas conclusões teóricas - são confusões... !
Embebida n'um sonho doloroso,
Se agita meu pensar tumultuoso...


Um ai sem termo, um trágico gemido
Ecoa sem cessar ao meu ouvido,
E o meu amor que sorria,
Como uma rosa em botão,
Chora desde aquele dia em que furtaste a razão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário