domingo, 20 de fevereiro de 2011

regando flores


          REGANDO FLORES


O vento continuava sem cansaço
em abundância geométrica do espaço.
Meu ser estacionava, olhando os astros miúdos
Seus corpos brutos, que dores não recebem
Do liquido das palavras, o óleo não bebem

E eu falarei somente uma linguagem rouca,
Um português cansado e incompreensível
E com a respiração já muito fraca
Sentir como que a ponta de uma faca,
Cortando as raízes do último vocábulo!

Que à noite, em sonhos mórbidos, acorda,
E agora, quando eu for misturar-me com as violetas,
Minha lira, reviverá a emoção da pedra,
Na acústica de um céu de quietudes doces,
do amor que tenho regarei as flores.

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