terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ESTRELAS ALGODOADAS


         ESTRELAS ALGODOADAS


Deitei na imensidão noturna, num tatear de quimeras,
em estrelas algodoadas no céu, tal como flores sentidas de esperas
em lua nova de tantas texturas, vencendo as armaduras
a condensar-me em vontades....num suspirar de nossas afinidades

Sobre a brisa que beija-me em sonho...um hálito risonho
abraçando-me ao acordar...neste momento que desejo vivenciar
No apressar do tempo...que pára e segue leve como o ar
Como borboletas a voar, pousando carícias a fim de cortejar

Assim é o mar alto que me banha o íntimo em profunda solidão
quando te esqueces de mim, num palpite estranho de ilusão
que faz deserto das palavras, que tristes me ferem a alma
quando anseio por teu calor, pela paz de tua calma

E suplico em sóis que voltes e faça meu coração flutuar
que não me deixes em tristezas amargar
Pois te amo tanto, que não posso silenciar
todo o sentir que se põe em poros a transbordar

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