quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FÚRIA FEMININA


FÚRIA FEMININA


Uma fúria feminina
Inconstante tão líquida
Que me absorve, me debilita
Exala o cheio de fêmea
Envolve todos os desertos
No suor que chega escorrendo
No comprimir do peito
Na respiração ofegante
Na boca que acena gostos diferentes
nas marcas que impõe os dentes
Traduzindo línguas em parábolas
No desejo que percorre a espinha
na saliva que tinge de tinta
a ansiedade que geme
as coxas que tremem
em vermelhas ardências
Quando me descobri mais viva
entre as ondas de saudades
perpetuando o gozo em eternidade
em vicerais temporalidades

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