quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ESFINGE DA SAUDADE


      "ESFINGE DE SAUDADE"
Largas janelas
Fechadas, sempre corridas,
Ha flores desconhecidas
Que não olham as estrelas.
- Ha todo um mar de tristezas
No abismo do meu olhar!

Só a longinqua estrela em mim atua...
Sou rocha harmoniosa á luz da lua,
Petreficada esfinge de saudade...
Dê-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso já tenho mim.

Hoje quero só sossego.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
Contemplando o que não vejo
E quanto arde em mim estes desejos
Triste ser que o destino me reservou
não lhe ter - mas sempre lhe amar - estou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário